sexta-feira, 3 de setembro de 2010

For no more farewell


Há não muito tempo, o vi sofrer como nunca antes. E o sofrimento dele doeu em mim como uma dor física, como um punhal atravessando meu peito, como um nó na garganta impedindo a voz de sair. Naquele dia, pensei que, se pudesse, roubaria todas as dores dele só para não vê-lo daquele jeito nunca mais. Só para vê-lo fazer as mesmas brincadeiras de antes. Só para vê-lo sorrir outra vez.
Esperei dias por aquele sorriso. Várias vezes tentei provocá-lo, sem muito sucesso. Conseguia, por vezes, um riso pela metade, uma semigargalhada, mas não aquela sincera e contagiante. Não havia mais as risadas no almoço ou as chateações na hora do jantar. Ou a "xepa" da madrugada. Uma das minhas alegrias havia sumido sem deixar pistas. Achei que talvez ele houvesse finalmente crescido e que, então, nunca mais sorriria daquela maneira.
O tempo foi passando e as feridas cicatrizando. Algo mudou, claro, algo sempre muda. A tristeza ainda não foi embora. Talvez nunca se vá. Mas ele continua com aquele jeito divertido e imaturo de fazer piada até quando não é necessário. Foi um período de sombras, difícil. Mas ele ainda sorri como antes. E eu também.

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